Vinhos Fortificados

15-09-2023
Vinhos Fortificados

Se já experimentou um vinho fortificado, facilmente percebeu que difere bastante dos vinhos ditos tranquilos (tintos, brancos, rosés e espumantes). Os fortificados distinguem-se por um elevado teor alcoólico e aromas diferenciados.

O processo de fortificar o teor alcoólico de um vinho surgiu há muitos anos e por pura necessidade! O objetivo era melhorar a conservação do vinho, para que pudesse ser armazenado durante mais tempo.

As longas viagens de barco eram uma ameaça à qualidade dos vinhos que, muitas vezes, chegavam ao destino já oxidados ou avinagrados. A adição de destilados foi a solução encontrada para evitar a deterioração do vinho, uma vez que já à época se sabia que o álcool e o açúcar são conservantes naturais.

Quando o processo de fermentação é interrompido pela adição extra de álcool diz-se que se trata de um vinho fortificado. Ou seja, ao vinho base junta-se uma determinada quantidade de aguardente destilada para aumentar o teor alcoólico (o grau alcoólico final situa-se entre 19-22% vol.). A fermentação é interrompida e os açúcares permanecem na sua forma mais pura, sendo isso que torna os fortificados geralmente mais doces quando comparados com os outros vinhos.

 

Os fortificados de Portugal

Desengane-se se acha que os fortificados são todos iguais. Certamente que têm características em comum, mas existem particularidades que lhes conferem um carácter único. Por exemplo, sabia que os vinhos Madeira envelhecem em ambientes quentes para que os seus aromas fiquem mais concentrados, enquanto o vinho do Porto envelhece em caves frias?

Em Portugal existem quatro tipos de vinhos fortificados: Carcavelos, Madeira, Moscatel e Porto.

  • Vinho de Carcavelos: região cujas castas recomendadas são as brancas. O vinho de Carcavelos acompanha doces, mas é igualmente incluído em algumas receitas, o que realça a sua versatilidade.

 

Veja as nossas sugestões aqui: https://www.vinosofia.pt/pt/tipologia/fortificado.html?style=568

 

  • Vinho Madeira: varia em grau de doçura e teor alcoólico, consoante a casta que foi usada na sua produção. Estão-lhe associadas designações que facilitam a sua categorização:
  1. Ano de colheita e idade. Pode ser Selecionado, Rainwater, 5 Anos, 10 Anos, 15 Anos, 20 Anos, 30 Anos, mais de 40 Anos, Solera, Colheita e Vintage.
  2. Processo de produção. Envelhecimento em canteiro ou estufagem.
  3. Teor de açúcar. Pode ser extra-seco, seco, meio-seco, meio-doce ou doce.
  4. Cor. Pode ser muito pálido, pálido, dourado, meio-escuro ou escuro.
  5. Estrutura. Leve, encorpado, fino, macio, aveludado ou amadurecido.
  6. Castas. Dependendo da casta utilizada, os vinhos Madeira variam na cor, aroma e textura.

São bons acompanhantes de queijos, sobremesas e café, mas também ótimos aperitivos.

 

Veja as nossas sugestões aqui: https://www.vinosofia.pt/pt/tipologia/fortificado.html?style=391

 

  • Moscatel: o Moscatel mais conhecido é o produzido em Setúbal, a partir das castas Moscatel e Moscatel Roxo. Possui uma cor dourada, odores florais e frutados. Também é produzido Moscatel na região do Douro, a partir da casta Moscatel Galego.
  • Vinho do Porto: a popularidade do vinho do Porto cresceu quando os comerciantes britânicos começaram a exportar este vinho em 1700. Produzido na região do Porto e Douro, esta foi a primeira região vinícola demarcada e delimitada do mundo, em 1756. O vinho do Porto possui um teor alcoólico elevado (entre 19 e 22%), numa vasta gama de doçuras e diversidade de cores. Existem duas categorias a destacar com base nas características de produção, processo de envelhecimento e estilo:
  1. Ruby. Variedade facilmente reconhecida pela cor vermelha intensa e sabor frutado. Dentro da categoria de Porto Ruby, existem vinhos rotulados como Ruby, Vintage e LBV. O Porto Vintage é elaborado apenas com uvas de um ano de vindima declarado vintage, e apenas quando o produtor considera que aquele ano foi excecional. Os Vintage são geralmente vinhos com grande capacidade de guarda e que só mostram toda a sua qualidade ao fim de vários anos de garrafa. O Porto Late Bottled Vintage (LBV) é também um vinho de um único ano e normalmente é produzido quando as uvas não mostram qualidade para ser declarado Vintage.
  2. Tawny. São envelhecidos em barricas de carvalho de grandes dimensões (500 litros), por períodos médios que podem ir até aos 50 anos. Tendo geralmente realizado o seu envelhecimento em barricas antes do engarrafamento, e ganho a sua complexidade e personalidade durante esse período, são vinhos que geralmente devem ser consumidos depois de comprados.

Veja as nossas sugestões aqui: https://www.vinosofia.pt/pt/tipologia/fortificado.html?style=389

 

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