A análise visual e olfativa de um vinho é essencial e determina o seu consumo. Ao cheirarmos um vinho, se este cheirar a mofo ou se existir outro indicador de que possa estar impróprio para consumo, certamente que não iremos bebê-lo. Dica: um aroma limpo e intenso remete para um vinho de qualidade!
Todos os vinhos têm os seus próprios aromas, mais ou menos complexos. Podem incluir notas de frutas, vegetais, ervas, flores, entre outras. Para muitos enólogos, os aromas do vinho são mais importantes que o seu sabor. Mas vamos, em primeiro lugar, descrever os aromas primários, secundários e terciários:
1. Aromas primários. Trata-se de aromas originários da própria casta.
2. Aromas secundários. Aparecem durante a fermentação alcoólica e através da ação das leveduras. São aromas que surgem em consequência das decisões de vinificação do enólogo (se faz estágio em madeira ou inox, se faz fermentação malolática, contacto com borras, etc).
3. Aromas terciários. Resultam do processo e métodos de estágio e/ou envelhecimento. Estes aromas surgem pelo contacto do vinho com madeira e garrafa, ou apenas garrafa. Aqui têm origem aromas como tabaco, chocolate, couro, caramelo, frutos secos, entre outros.
Alguns aromas primários
Aroma a fruta cítrica
- Aroma associado ao carácter cítrico do vinho. Por vezes, bebemos um vinho e sentimos o carácter cítrico associado à sensação de acidez e frescura.
- Presente, mais frequentemente, em vinhos brancos ácidos e jovens.
- Exemplos de castas onde predominam estes aromas: Arinto, Alvarinho e Riesling.
Cinco Forais Arinto
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Aroma a frutos vermelhos
- Aroma presente num grande número de tintos.
- As castas mais associadas a este tipo de aromas são, entre outras, a Pinot Noir, Baga, Aragonez, Sangiovese, Carignan.
Nas regiões em que o clima é mais fresco, a uva demora mais tempo a amadurecer. Como consequência, os açúcares ficam menos concentrados, e o seu sabor tem uma acidez mais presente. Estes são dois aromas mais associados ao frio. Outros exemplos são aroma a flores e ervas frescas.
Por outro lado, as regiões de maior calor tendem a desenvolver aromas de frutas em compota ou geleia, mesmo em vinhos jovens, que não passaram por processo de envelhecimento.
Baías e Enseadas Pinot Noir Escolha Pessoal
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Alguns aromas secundários:
Aroma a baunilha
- O aroma a baunilha provém da vanilina, uma substância presente na madeira.
- Aroma próprio dos vinhos fermentados ou amadurecidos em barricas e tonéis.
- A baunilha é mais notória nos brancos barricados de Chardonnay, nomeadamente os da Califórnia, Chile e Austrália.
Casal das Aires Chardonnay
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Aromas a panificação
- O contacto prolongado com as borras criadas pelas leveduras mortas após o processo de fermentação aumenta a complexidade dos aromas, adicionando notas de panificação, fermento e torrada.
- No caso dos espumantes, é muito comum sentir aromas de pão, fermento e brioche. O aroma de um espumante quando é aberto ou servido no copo remete para o cheiro de uma padaria, e isto deve-se à fermentação e à ação das leveduras. Quanto maior o estágio do vinho em contacto com as borras, mais intenso serão estes aromas.
Quinta de Sanjoanne Espumante Grande Reserva
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Exemplo de aroma terciário:
Aroma a frutos secos
- Os vinhos generosos/fortificados, doces ou os tintos envelhecidos em toneis de madeira velha exibem aromas a frutos secos, mas também aromas parecidos aos figos, passas, tâmaras, etc.
Barbeito 10 Anos Boal Old Reserve Meio Doce
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Domínio do Açor Branco
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